Sim, EU estava lá. Fui ao show do Pe. Fábio de Melo na última sexta-feira, no Centro Histórico de São Luís.
O maior "fenômeno" da música católica na atualidade confirmou toda a mídia criada em torno do evento, dando mostra do avanço da Indústria Cultural sobre o Sagrado.
Não, não falo em tom condenatório. A reflexão é por conta de inúmeros e divergentes comentários que ouvi sobre a apresentação do PADRE.
Em uma reunião familiar, entre refrigerantes, bolo e votos de felicidade a uma tia aniversariante, alguns diziam: "Ele não queria era ser padre! Então não tem nada que ficar cantando". Outros acrescentavam: "Fica fazendo show que nem Roberto Carlos".
Bom, ele não deixou de ser PADRE quando decidiu também cantar. Ao contrário, reforçou sua missão com a arte da música. E seu show não é como o de Roberto Carlos... nem tem rosas no final!
Teve atraso, desculpas sem graça da coordenação, apresentação preliminar mais ou menos... E teve música, boa música. Pregações, excelentes pregações. Mas rosa?! Rosa não teve. Teve choro, lágrimas e emoções, mas não foram "Tantas emoções" como no show de Roberto, era algo mais sublime.
Também não é o mesmo sublime do show de Flávia Bittencourt. Não, não. Lá foi diferente.
De igual mesmo, só o fato de ambos terem boa música.
Falando em música, um amigo me falou que não iria ao show, por ter se decepcionado com o repertório do DVD. Achou que faltou vibração, que Fábio teria canções bem melhores para inserir nesse disco. Uma análise de quem conhece o trabalho do Pe. Fábio bem antes do contrato com a Som Livre, da entrevista no Faustão, da homenagem no Raul Gil, da participação na Turma do Didi e da música na trilha da novela das sete.
Conhece daquele TEMPO de Halelluya, ou ainda, de quando fez show em Santa Inês. (Sim, o mesmo Pe. Fábio de Melo de hoje já esteve no interior do Maranhão, fazendo um show). Mas, faz TEMPO.
Hoje, num jogo de interesses, a Central de Eventos traz o Padre, o Padre leva a palavra de Deus aos fiéis, os fiéis pagam os ingressos que sustentam a Central de Eventos, que paga os artistas (entre eles, o PADRE), que pregam a palavra de Deus. E essa não tem preço.
Certo, há aqueles que não puderam arcar com o valor cobrado que foi caro mesmo. Só que isso não significa que eles não tenham oportunidade de se encontrar com Deus. Apenas não puderam ver o show do PADRE.