quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ascender



Subir, elevar-se.

A ascensão é, com certeza, o objetivo da grande maioria das pessoas, seja qual for a seara.

Trabalho, relacionamentos, diversão... estamos sempre buscando melhorar.

De certa forma, ascender não é tão difícil. O problema está nas consequências. Não é à toa que dizem que quanto mais alto, maior é a queda.

Caso recente (e famoso) é o do jogador de futebol, Adriano. Desgastado com os frutos da sua ascensão, resolveu dar um tempo, voltar à vida simples da bermuda e do chinelo.

Logo foi cobrado. Todos querendo explicações, respostas, apontando os erros.

É assim a vida de quem ascende. Haverá cobrança proporcional ao lugar ou título que ostenta.

No último post, entramos na questão da importância do diploma para os Jornalistas. Durante o processo criativo, uma falha grosseira aconteceu. A grafia de "acender" foi substituída por "ascender". O que era "fazer arder" virou "elevar-se".

O erro passou despercebido pelo autor e por alguns leitores (que por distração ou constrangimento não se manifestaram).

Felizmente, haverá cobrança proporcional ao lugar ou título que ostenta. E lá estava o Hans para enviar o seguinte e-mail:


"É....conccordo com isso, mas é bom ter cuidado..se com diploma acontecem certos erros, imagine sem....

Lendo o blog vi isso:

"A não exigência de diplomas para o exercício da profissão de Jornalismo reascende a fogueira da discussão sobre a legitimidade e importância das Universidades e Faculdades nesse país.(Ascender fogueira combina muito com São João)."


Quem é o Hans?

Eu também não sei. Aprendi a não falar com estranhos.

Mas aprendi também que os estranhos podem nos ensinar a falar, a refletir, a corrigir, entre outras coisas.

Às vezes saberemos o nome daqueles que nos cobram, em outras, apenas eles saberão nossos nomes.

Erros continuarão acontecendo comigo, com você e com o Hans. Responderemos por eles na medida exata da nossa ascensão.

Afinal: "Exprimir é sempre errar" (Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Letras, Cozinha e Jornal


Não falo do calor da hora. Nem da boca do forno.
Porque tanto no fragor das emoções quanto no sabor de uma boa comida estão envolvidos elementos que contribuem para o bem ou para o mal.
Só que misturar cozinha com jornalismo parece demais até para quem tem um blog chamado farofa.
A não exigência de diplomas para o exercício da profissão de Jornalismo reacende a fogueira da discussão sobre a legitimidade e importância das Universidades e Faculdades nesse país.
(Acender fogueira combina muito com São João).
Quando ainda estava na UFMA, cursando Comunicação Social, Rádio e TV, ouvi muito que a Universidade por si só não forma ninguém. Que a pessoa aprenderia mesmo era no mercado.
Depois, quando estava na autoescola, o instrutor falou: "A prova de trânsito é um teatro. Você finge que vai dirigir sempre assim e o examinador finge que acredita. A gente aprende a dirigir de verdade é no trânsito".
Claro que uma coisa é conduzir um carro e outra bem diferente é ser um Radialista.
Os dois exemplos só são citados porque ajudam a montar nossa discussão: A importância das instituições de ensino.
Do ponto de vista desse Radialista, diplomado, elas fazem muita diferença. Tanto que as públicas estão sendo sucateadas para não promoverem a mudança intelectual que precisamos.
A intenção do STF talvez tenha sido de colaborar com a regressão. Quem sabe, levando os nossos profissionais para o estágio de modelos, com a finalidade de serem contratados pelos conglomerados depois de um importante estágio no BBB.
É. A educação nesse país não é mesmo levada a sério. Acho que ela deveria ser logo dita inconstitucional, assim a gente parava de vez com essa discussão.
Quem sabe, formariamos nossa opinião pautados em sopas de letrinhas servidas pelos grandes chefes.

sábado, 13 de junho de 2009

Casamento e Cinema


Os bons casamentos geralmente tiveram que superar uma barreira importante: O TEMPO. É esse o algoz de todas as coisas, viventes e não viventes, tantas vezes implacável.

Recentemente fui convidado pela Coordenadora da Comunicação da RCC no Maranhão, Virgínia Diniz, para escrever sobre os relacionamentos e o tempo no blog ofantasticomundodevi.blogspot.com.

Bom, mas o que pretendo abordar aqui são os benefícios que a experiência duradoura pode gerar.
Costumamos atribuir a qualquer união duradoura, benéfica a alcunha de "bom casamento". Quero aplicar esse conceito à união do Maranhão com o Cinema. Nesse caso, com um nome muito particular: Festival Guarnicê de Cinema e Vídeo.

Embora o festival tenha sido batizado com o vocábulo típico do bumba-meu-boi, podemos dizer que tal qual uma quadrilha, ano após ano esperam o mês de junho para realizar um casamento.

Passados 32 anos, fico particularmente feliz de ver um evento de caráter cultural, diverso e plural ter vida longa aqui em nosso estado. Afinal, caro leitor, quantas coisas desse tipo duram tanto tempo no Maranhão?

Nem os casamentos de verdade estão durando tanto.

Então, ponto para a UFMA, uma instituição pública de ensino superior que deve mesmo cumprir esse aspecto social, marcar presença na comunidade, ser atuante para além de seus muros.

Os deméritos também estão no fato do evento acontecer apenas a cada mês de junho. Parece que o Guarnicê ainda não conseguiu, em grande escala, ultrapassar as salas de exibição. Trinta e dois anos me parece tempo suficiente para um amadurecimento das ações, só que a rotina tem feito mal para esse casamento.

Para esquentar a relação é preciso inovar, mudar um pouco, provocar...

E como bons amantes (do cinema) caminharemos novamente para o altar, fazendo essa aliança cultural com o povo do Maranhão.

Ah! Aproveitem e acompanhem a cobertura do Guarnicê no blog do festival: http://www.festivalguarnice.blogspot.com/.

Boa sessão!

sábado, 6 de junho de 2009

Que idéia é essa de Farofa?


Cordial Saudação!

Retornar é sempre uma decisão difícil. Exige análise de uma série de fatores, situações, probabilidades...
Assim como o novo começo é sempre promissor, cheio de energia e vigor. É a velha história do copo pela metade. Ou ele está meio vazio ou está meio cheio, depende do ponto de vista.
Eu decidi voltar para a atividade blogueira e não vou emitir algum juízo de valor sobre isso. Apenas escreverei e pronto.
E para voltar, assumi a identidade "farofeira". A escolha tem uma razão: foi a forma mais análoga que encontrei para definir esse negócio de blog.
É bom, barato e todo mundo sabe fazer. Coloca-se de tudo, cada um tem uma receita diferente, coloca o tempero que quiser e no final tudo é a mesma coisa. Ou é farofa ou é blog.
Depois de pronto é só meter a colher.
Além do mais tem o caráter social. Quem já não se viu diante de um pratão de farofa dividido com várias pessoas, solidariamente?
Esse negócio de blog é a mesma coisa.
A hora da farofa é sempre um momento de parada. Pausa no trabalho, no estudo e na diversão para fazer uma boquinha. É nessa hora que saem as melhores histórias. Como nos blogs.
Farofa é um prato de acompanhamento. Então, sugiro a vocês que acompanhem essa aqui também.
Tragam suas receitas e sempre que acharam que tá faltando um pouquinho de sal é só comentar. Afinal, isso aqui não é briga de marido e mulher. Nessa bacia, todo mundo pode meter a colher.
Os que desejarem podem me seguir na lista de farofeiras aí ao lado.
Todas as postagens ficaram devidamente guardadas na sessão "Lata de Neston", pois não tem lugar mais apropriado para guardar uma boa farofa.
Compartilhem dessa mistura.

Boa refeição!