Leia o seguinte número: 2166746.
Provavelmente você leu assim: dois, um (ou vinte um), meia, meia, sete, quatro, meia.
Foi ou não foi?
Pois é, o número "seis" está em desuso. Ou como bem falou minha irmã Luciana - que me alertou para esse tema - "o 'seis' está fora de moda".
Passei então a refleter sobre a razão desse apelido dado ao número seis ter alcançado tamanho sucesso.
É certo que o uso do "meia" vem da relação de meia dúzia que o seis representa. Poxa, mas ninguém lê "uma dúzia" quando vê o número 12. Pelo menos, quase nunca o faz.
O interessante é que o famisgerado "6" passa a ser "meia" quando está acompanhado. Assume outra personalidade.
Mesmo continuando a ser "seis" as pessoas o reconhecem pela metade da dúzia. Não tem identidade o pobre 6.
A popularidade do "meia" é incrível. Essa palavra parece exercer um encantamento forte, pois até mesmo quando seu uso é errado, lá está ela sendo empregada. Especialmente pelo público feminino que adora rasgar: "estou MEIA cansada hoje"; essa menina é MEIA breguinha... e por aí vai.
O curioso é que o "6" só é "6" quando está sozinho, pois basta aparecer outro número ao seu lado para logo ele virar MEIA. Mesmo que esse número seja seu semelhante: 66 (meia, meia).
Tem gente que é assim também. Um "6".
Não sei se o "6" se importa de ser "MEIA", mas acredito que não. Senão, já havia reclamado.
Pelo menos ele é MEIA mas não está no pé de ninguém.